quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Dieta mediterrânea reduz necessidade de remédios para diabetes



Patricia Zwipp

A culinária mediterrânea é considerada uma das mais saudáveis e compõe seus pratos com grãos integrais, hortaliças, azeite, noz, peixes, frutos do mar. A partir de agora, os amantes dessa dieta têm mais um motivo para apreciá-la, de acordo com uma pesquisa financiada pela Segunda Universidade de Nápoles, na Itália, ela reduz a probabilidade de que pacientes recém-diagnosticados com diabetes tipo 2 precisem de tratamento medicamentoso.


Para chegar a essa conclusão, Dario Giugliano e seus colegas conduziram um estudo entre janeiro de 2004 e setembro de 2008 na clínica de diabetes da universidade italiana. Acompanharam 215 pessoas com sobrepeso (IMC maior que 25) entre 30 e 75 anos. Todos haviam descoberto a doença recentemente, nunca tinham recebido remédios anti-hiperglicêmicos e apresentavam níveis de hemoglobina A1c (HbA1c) inferiores a 11 %.


Metade dos participantes aderiu à dieta baseada na dos países banhados pelo Mar Mediterrâneo ou de cultura mediterrânea, como Portugal. O outro grupo adotou uma alimentação de baixo teor de gordura. Em ambos os casos, as mulheres estavam restritas a 1.500 calorias por dia, enquanto os homens podiam alcançar 1.800. Todos contaram com conselhos de nutricionistas e tinham de registrar diariamente o que ingeriam.


Segundo o relatório publicado no Annals of Internal Medicine, apenas 44% dos diabéticos que provaram as iguarias mediterrâneas precisaram do auxílio medicamentoso, contra 70% dos que fizeram refeições de baixo teor de gordura. Outras vantagens da dieta mediterrânea em comparação à outra foram maior perda de peso e melhor controle de açúcar no sangue e de risco coronariano.


Apesar desse efeito benéfico, a Associação Americana de Diabetes recomenda que os pacientes recém-diagnosticados com diabetes tipo 2 sejam tratados com a farmacoterapia, bem como com mudanças de estilo de vida. A farmacoterapia também falha frequentemente com o tempo e algumas drogas são associadas a riscos cardiovasculares entre outros¿, declararam os cientistas, como informa o site MedPage Today.


Os autores apontam algumas limitações do trabalho. Entre elas está o fato de não avaliarem diretamente o que os pacientes comeram.
Fonte:Terra.

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